Os Policiais Civis do Estado do RS, não têm motivos para comemorar o Dia do Servidor Público, em razão da pouca valorização profissional do atual Governo Estadual.
O Dia do Servidor Público, comemorado nesta segunda-feira, 28/10, marca mais uma data onde o funcionalismo estadual do Rio Grande do Sul, em especial os servidores da Polícia Civil, fazem uma reflexão sobre a desqualificação, falta de reconhecimento profissional e a perda aquisitiva do seu poder de compra, provocado pelo arrocho salarial do Governador Eduardo Leite.
Nós policiais civis: Investigadores, Inspetores, Escrivães, Comissários e Delegados de Polícia, bem como os aposentados e pensionistas, lamentam o descaso exercido deliberadamente contra as nossas carreiras, implementados por tecnocratas e “profissionais”, que sequer conhecem os valores históricos da nossa Polícia Civil Gaúcha.
Lamentamos a falta e a ausência de datas para a realização anual das promoções; reclamamos as condições de trabalho insalubres de alguns órgãos policiais; denunciamos que a saúde mental dos nossos colegas, em razão do stress provocado pelas atribuições policiais estão aumentando o número de doenças em nosso efetivo. Registramos, por fim, a ausência deliberada e contumaz do exercício do diálogo democrático que há seis anos (6) peregrinamos para que o Sr. Governador Eduardo Leite possa receber os representantes sindicais, para registrar nossas demandas.
Reivindicamos:
-Reajustes salariais para recompor nossas perdas inflacionárias do período de 2019 até 2025, perfazendo aproximadamente mais de 54%;
-O resgate da implementação da simetria salarial histórica dos Comissários de Polícia, cujo a recomposição perfaz o índice de 12,04%;
-Pleiteamos a realização de concurso público periódico, a fim de recompor o efetivo de todos os cargos da Polícia Civil: Inspetores, Escrivães e Delegados de Polícia.
Apesar de todos os aspectos negativos e sem o devido reconhecimento do Governo, a dedicação dos nossos profissionais em defesa da sociedade rio-grandense, atinge patamares de índices positivos contra a criminalidade, com redução do feminicídio; queda dos crimes de roubos, furtos, homicídios, sequestros, tráfico de drogas, crimes contra a comunidade LGBTQIA+, dentre outros delitos.
Todavia, o atual cenário de valorização da nossa categoria, deixa o Governo do Estado, com o dever de mudar sua conduta em relação aos operadores policiais, constituídos por homens e mulheres que se doam pela nossa Instituição.