Nos dias 20 e 21 de março, a Inspetora de Polícia, Diretora do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do RS, Cândida Fernanda Berqvist, integrou o evento alusivo ao mês da Mulher, promovido pela Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado – CONACATE, intitulado “Os desafios do Protagonismo Feminino no Serviço Público”, que debateu as dificuldades vivenciadas pelas servidoras públicas no que tange as adversidades referentes as ideologias que possuem como base o machismo, misoginia e outras discriminações. O evento foi realizado no auditório do Sindicato dos Analistas Tributários do Rio Grande do Sul (AFOCEFE), situado na rua dos Andradas, nº 1234, bairro Centro Histórico, Porto Alegre/RS.
Os temas que permearam os painéis abordaram as seguintes pautas: A saúde mental no trabalho; a saúde mental na perspectiva de gênero; a importância e os desafios enfrentados pelas mulheres no acesso à política e aos cargos de poder; e a importância das mulheres no movimento sindical e associativo.
A Diretora Cândida Fernanda, que compôs a mesa de debates, enfatizou em sua fala a atenção à diversidade, fundamentou: a maioria das convidadas fizeram o uso dos termos “representatividade”, “oportunidades”, “diversidade”, logo, entendi como uma construtiva oportunidade, trazer à baila o fato de que neste evento, que comportava aproximadamente 70 pessoas, havia uma vergonhosa sub-representação de mulheres não brancas, ou seja, mulheres Negras (pretas + pardas), de pronto, sugeri que os termos diversidade, oportunidade, sororidade, inclusão e afins, iniciassem a sua aplicabilidade por ali mesmo, pois tratava-se de um evento com o intuito de congregar a participação de mulheres, independente da raça/etnia.
Compreendemos e vivenciamos cotidianamente as ciladas que a falta de diversidade nas instituições provocam, elas são as principais responsáveis pela exclusão, esquecimento e o apagamento de uma parcela significativa da sociedade, que dia após dia, segue a margem das zonas de poder, dos cargos diretivos, que quase sempre, têm a missão de ser a sua voz, mesmo sem saber das suas necessidades mais básicas, pessoas, mulheres cotidianamente excluídas, silenciadas, invisibilizadas, tal qual as mulheres em relação aos homens.
Participaram do evento deputadas da Assembleia Legislativa do RS, representantes do Judiciário Trabalhista gaúcho, Secretários do Governo do Rio Grande do Sul, Psicólogas, Professoras e representantes sindicais das categorias da Polícia Civil e Polícia Penal.