Quem produz segurança pública, também merece segurança e solidariedade da sociedade e do Poder Estatal. Durante esta catástrofe climatológica que assola o Rio Grande do Sul, destacamos a sensibilidade e o reconhecimento profissional do jornalista e colunista da ZH, Fabrício Carpinejar, registrando o sofrimento dos policiais, homens e mulheres, integrantes da Polícia Civil, que igualmente socorrem os gaúchos vitimados pelas enchentes, cujo artigo foi publicado na tarde desta segunda-feira, 27/05, na sua coluna no site GZH.
“Os únicos atenuantes para mitigar os danos materiais foram a antecipação do 13º salário e a suspensão da cobrança dos empréstimos consignados por três meses. Ainda é pouco para inspetores e escrivães, por exemplo, recuperarem seu imóvel destruído pela enchente. Até o momento, são 248 servidores desassistidos, sem lugar para morar. Mesmo desabrigados, eles seguem trabalhando.
A alternativa é criar com urgência uma linha de crédito diferenciada, com juros menores.
E assim defender quem nos defende na segurança pública. E assim garantir o mínimo para quem se arrisca ao máximo no combate das ruas.”
Fabrício Carpinejar – colunista do site GZH/publicado em 27/05/2024
Consciente do poder-dever de agir ao cumprirem suas missões, os policiais civis, nunca recuaram, desde o primeiro dia, que as enchentes impuseram destruição, dor e sofrimento aos rio-grandenses, enquanto prestam o devido socorro. Em contrapartida, estamos diante de um Governo Estadual que faz 06 (seis) anos que não concede um digno reajuste salarial; não realiza as duas promoções anuais regulamentares; atrasa pagamentos de horas-extras; aumentou as alíquotas previdenciárias; apresenta uma gestão irregular no IPE/SAÚDE (crise no atendimento dos hospitais) prejudicando a saúde familiar do policial. Igualmente denunciamos a precariedade da saúde mental e o stress da profissão, cuja moléstia está causando vítimas em nossos quadros funcionais, ocasionando dores e órfãos.
Reconhecemos as dificuldades financeiras que hora se apresentam, todavia este governo poderia: pagar as licenças-prêmio devidas aos policiais em atividade e aposentados, a exemplo do Poder Judiciário; dar prioridade no pagamento dos precatórios atrasados; expandir os prazos para os pagamentos dos créditos consignados, abrir linhas de crédito imobiliário subsidiados pela Caixa Econômica Federal e Banrisul, em prol dos servidores policiais que perderam suas casas; promover todos os Policiais (Delegados, Comissários, Inspetores, Escrivães e Investigadores de Polícia), independente de vagas existentes a fim de reconhecer o profissionalismo, a dedicação e a responsabilidade de manter a paz e a harmonia social. Por fim, devemos exaltar a atitude pioneira da Chefia de Polícia do RS, em cadastrar os policiais ativos e aposentados, a fim de auxiliá-los na recomposição dos danos materiais sofridos, contatando entidades privadas (Instituto Cultural Floresta) visando valorizar os servidores da segurança pública.
Luminar, é a sensibilidade da síntese da crônica, quando Carpinejar reconhece que os servidores e suas famílias devam ter recursos financeiros subsidiados para recomporem seus danos patrimoniais (e que não se diga que isto seja privilégio).
Mário Flanir
Presidente do SINPOL-RS
Parabéns pelo reconhecimento, Fabrício Carpinejar!